sábado, 4 de maio de 2013

Crônica - Patologias


Por: Heloíza Freitas – 1º Ano A
 
 O lugar onde eu moro tem ruas, esquinas, casas com pessoas, pessoas que brigam, cachorros  que correm atrás dos carros. O lugar onde eu vivo tem crianças nas ruas correndo atrás de bolas, pipas ou fugindo de seus pais  quando brigam. Essas crianças dobram as esquinas e chegam à outra rua.
As ruas aqui são muito diferentes umas das outras. É como se viajássemos para outro lugar. Vez por outra, encontramos as mesmas pessoas em ruas diferentes e elas são as mesmas, mas, diferentes. Se em uma rua elas têm problemas, noutra são felizes. O lugar onde  vivo também tem tiros, assaltos,  pessoas nas ruas sem casas para morar,  gente com fome, mas,  aonde não tem?
Por isso, digo que o lugar onde eu vivo é o lugar onde as pessoas pensam que eu vivo. Na verdade, vivo escondida, protegida das pessoas com seus problemas, suas brigas. Escondida,  protejo-me dos choros das crianças, de seus gemidos, da pobreza e também da riqueza de muitos que não enxergam a pobreza.
O lugar onde eu vivo, está dentro de mim. Minha imaginação que não quer ocultar as patologias sociais.

Um comentário:

  1. Parabéns! Já é uma cronista! Você optou em aprender a escrever e conseguiu com seu empenho e dedicação. Admiro-lhe muito! És meu exemplo nas salas de aula.

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